sexta-feira, 8 de junho de 2012

Existências e palavras de Eduardo Dinis Henriques

Mais um 10 de junho se aproxima ainda com ventos contrários ao todo da Lusa gesta. Até já houve para ai quem falasse, para tirar Camões do ensino.
Talvez para se começar a ministrar conhecimentos da actualidade futebolista Dos gloriosos encontros entre mouros e nortistas.
Da força da bola a colocar a bandeira nacional nas janelas muitas vezes de forma incorrecta. Ou a servir como fardamento aos truques dos pontapés.
Com todas estas palhaçadas. Assim anda Portugal a esmolar. E a afunExidar cada vez mais o fosso das assimetrias sociais.

...
CONTOS
Na vontade de descobrir mais mundo.
A Portugal não atemoriza o mar profundo.
A tanto cresce a nação.
E não tarda a planetária ovação.
Espadas, escudos, crucifixos, homens e velas.
Ao mar zarpam as lusas caravelas.
Vencem-se os oceânicos fantasmas e monstros.
Alargam-se os oceânicos encontros.
Estendem-se os braços.
A planetários abraços.
Incógnitos mares de tenebrosas superstições.
E de infindas maldições.
Antanho escudos a dar mundos negados.
Mas por Lusos intrépidos navegados
Para lá dos longínquos confins
De mundos afins.
Marcos de força e nobreza
Que do mundo tudo deram à certeza.
Símbolos heróicos
De Lusitanos estóicos
Que ao mundo foram abnegados
E pelas Divindades Abençoados.
Lusas Caravelas!
Mastros de Alvas Velas!
Corpo de intrépidos navegadores
Que em lágrimas de sal, alegrias e horrores
Cruzaram os mares para lá do tenebroso.
Povo de glória e a seus feitos brioso!
Meu Portugal, teu passado honroso.
É hoje, por maléfica política gamela esquecido.
Mundo de adormecidos, quanto de glorioso é esquecido.
Esfera armilar.
Símbolo do universal lar.
Nas actuais políticas de tenebrosa mudança.
Hoje és ferro de matança.
A negar nesta desumana globalização planetária esperança.
Nos dias de hoje, por políticos pecados.
De humana danação a internacionais políticos recados.
O heróico passado é por interesses políticos negado.
E por políticos sem feitos é desvirtuado o anteriormente navegado.
As escolas gritam a abrilada.
A macabra Lusa cilada.
Nesta desonra rasga-se a bandeira.
Fere-se de morte a lusa fronteira.
Enquanto enferruja o armilar da esfera.
Para enaltecer a actual desumana e corrupta política fera.
Desafortunada Pedra que hoje restas
Sem Patrióticas festas.
Sem paz! Nem Pátrios canhões.
Nem quem leia Camões.
Para em glória e honra o passado lembrar
E com dignidade celebrar.
Eduardo Dinis Henriques




 

Nenhum comentário:

Postar um comentário