Relacionado ao movimento de arte de vanguarda russa, participou ativamente da Revolução de 1917 e da consolidação do cinema como meio de expressão artística.[1]
Notabilizou-se por seus filmes mudos Strike, O Couraçado Potemkin e Outubro: Dez Dias que Abalaram o Mundo, assim como os épicos históricos Alexander Nevsky e Ivan, o Terrível. Sua obra influenciou fortemente os primeiros cineastas devido ao seu uso inovador de escritos sobre montagem.
Eisenstein nasceu em Riga, na Letônia, mas sua família mudava-se com frequência nos seus primeiros anos, como Eisenstein continuou a fazer ao longo de sua vida. O pai de Eisenstein, Mikhail Osipovich Eisenstein, era descendente de judeus-alemães e suecos[2][3] e sua mãe, Julia Ivanovna Konetskaya, era de uma família russa ortodoxa. Ele nasceu em uma família de classe média.[4] Seu pai era um arquiteto e sua mãe era filha de um próspero comerciante.[5] Julia deixou Riga no ano da Revolução de 1905, levando Sergei com ela para São Petersburgo.[6] Sergei voltaria às vezes para ver seu pai, que mais tarde mudou-se para se juntar a eles por volta de 1910.[7] O divórcio seguiu-se esse tempo de separação, com Julia abandonando a família para morar na França.[8]
No Instituto de Engenharia Civil de Petrogrado, Sergei estudou arquitetura e engenharia, a profissão de seu pai.[9] No entanto, na escola, junto com seus colegas, Sergei se juntaria aos militares para servir a revolução, o que o separaria de seu pai. Em 1918 Sergei juntou-se ao Exército Vermelho, enquanto seu pai Mikhail apoiava o lado oposto.[10] Isso levou seu pai para a Alemanha após a derrota, enquanto Sergei foi a Petrogrado, Vologda e Dvinsk.[11] Em 1920, Sergei foi transferido para uma posição de comando em Minsk, após providenciar uma exitosa propaganda para a Revolução de Outubro. Nesta época, Sergei estudou japonês, aprendeu cerca de trezentos caracteres kanji que ele citava como uma influência no seu desenvolvimento pictórico,[12] e ganhou uma exposição no teatro Kabuki;[13] esses estudos levaram-no a viajar para o Japão.
Eisenstein teve constantes atritos com o regime de Josef Stalin, devido à sua visão do Comunismo e à sua defesa da liberdade de expressão artística e da independência dos artistas em relação aos governantes, posição que era perseguida num país no qual a indústria cinematográfica sofria com a falta de recursos para se nacionalizar.
Criou uma nova técnica de montagem, chamada montagem intelectual ou dialéctica.
Com 26 anos fez “A greve”, mostrando que arte e política podiam andar juntas. Com 27, deu ao mundo “O Encouraçado Potemkin”, obra que é considerada, juntamente com "Cidadão Kane", de Orson Welles, das mais importantes na história do cinema.[21]
Graças ao sucesso extraordinário do “O Encouraçado Potemkin”, foi chamado pela MGM e embarcou para os Estados Unidos. Só que seus projetos não decolavam, apesar de ter amigos poderosos como Chaplin e Flaherty. Eisenstein resolveu então afastar-se de Hollywood e fazer “Que Viva México”, uma obra ambiciosa sobre a história de um país e sua cultura. Infelizmente, as filmagens foram interrompidas por problemas financeiros.
Desolado, o cineasta voltou para seu país, mas nem a imprensa o perdoava por seu afastamento e pelo seu curto idílio capitalista. Quando sua carreira parecia perdida, entretanto, recebeu a ordem de filmar “Alexandre Nevski”, como uma peça de propaganda anti-germânica. E, assim como já fizera no “Potemkin”, Eisenstein construiu uma obra-prima que está acima da ideologia.
Com o prestígio recuperado, Eisenstein começou “Ivã, o Terrível”, que teria três partes. Mas então começou a II Guerra, e tudo se complicou. O cineasta morreu de ataque cardíaco em 1948.
FONTE:http://pt.wikipedia.org/wiki/Serguei_Eisenstein







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