domingo, 23 de dezembro de 2012

MALCRIADOS


Na actual política comédia. Anda o político recrutado, consoante o movimento do político baloiço. Emprega-se ou desemprega-se, conforme a musica das urnas. Entras tu! Vou-me eu embora! Mas todos ficam empregados a conluiado tacho.
«»
MALCRIADOS
Todos falamos.
Choramos
E cantamos.
Consoante o momento.
De lamento
Ou contentamento.
Uns mais cultos.
Outros, mais brutos.
Alguns letrados.
Mas poucos são os educados.
Pesado, é o fardo dos malcriados.
Temos artistas e técnicos.
Escribas e mecânicos.
Entre mil artes e ofícios.
Muitas mãos em sujos desperdícios.
Mas os mudos.
Continuam calados.
Por mais que gesticulem
Saltem e pulem.
Todos escutamos.
E barafustamos.
Mas os surdos, não curamos.
Nem perspectivamos.
Doutores e veterinários.
E muitos mais universitários.
Profetas e atrevidos.
Um rol de convertidos.
Militares e políticos
Químicos e físicos.
Enfermeiros e médicos.
Cientistas e curandeiros.
Cozinheiros e padeiros.
Caminhantes e votantes.
.Mas poucos são os valentes.
A demandar por Pátrios dirigentes.
No saco dos votos de indigentes.
O mundo, vai caindo no ruído dos moucos.
Pelo gritar dos roucos.
E porque não nos compreendemos.
Nem todos comemos.
Mas todos tememos.
E quantos, a vida sofremos?
No sangue do ferro de outros temerosos.
Que só em traição e armados são valorosos.
Divinos milagres.
Fé dos alegres.
Há que conquistar melhores ares.
À humanidade, não pode haver calares!
O planeta é farto em recursos.
E até, há técnicos com universitários verdadeiros cursos.
Mas só nos palácios há banquetes.
De orgias e beberetes.
Cursos de papelão comprado.
Como se compra um arado.
Que a qualquer burro é engatado.
Sem que há terra seja prestado.
Leite de burra... Para banhos.
Das concubinas de quem nos nega os ganhos.
E os universais agasalhos.
Há ministros nas agriculturas.
Mas não se vislumbram sociais culturas.
Há bispos nas dioceses.
Mas não se trabalha a humanas benesses.
Generais formam os exércitos.
Mas não se constróem Pátrios créditos.
E na humanidade dos destituídos.
Cada vez há mais caídos.
Corpos de esfomeados.
Em falsas leis ameaçados.
Com impostos sobrecarregados.
De tudo se vêem sonegados.
E assim desamparados.
Ao jugo dos actuais tétricos políticos, vegetam acorrentados.
Crianças letárgicos esqueletos.
Agarradas à fé dos seus amuletos.
Quantos martírios!
Em escusada vida de suplícios.
Senhores! Ministros dos proveitos!
O universo estipula conceitos.
E obriga a humanos respeitos.
Há humanos direitos.
É crime deixar irmãos moribundos.
Neste correr de universais mundos.
Aonde se queimam excedentes planetários.
Para fins monetários.
Esquecendo os princípios humanitários.
Neste igual crescer a defuntos.
Que mais cedo ou mais tarde, na morte serão juntos.
Depois de um todo, nu de nascimento
Ao mesmo firmamento.
Eduardo Henriques
Na actual política comédia. Anda o político recrutado, consoante o movimento do político baloiço. Emprega-se ou desemprega-se, conforme a musica das urnas. Entras tu! Vou-me eu embora! Mas todos ficam empregados  a conluiado tacho.
«»
MALCRIADOS
Todos falamos.
Choramos 
E cantamos.
Consoante o momento.
De lamento
Ou  contentamento.
Uns mais cultos.
Outros, mais brutos.
Alguns letrados.
Mas poucos são os educados.
Pesado, é o fardo dos malcriados.
Temos artistas e técnicos.
Escribas  e mecânicos.
Entre mil artes e ofícios.
Muitas mãos em sujos desperdícios.
Mas os mudos.
Continuam calados.
Por mais que gesticulem 
Saltem e pulem.
Todos escutamos.
E barafustamos. 
Mas os surdos, não curamos.
Nem perspectivamos.
Doutores e veterinários.
E muitos mais universitários.
Profetas e atrevidos.
Um rol de convertidos.
Militares e políticos
Químicos e físicos.
Enfermeiros e médicos.
Cientistas e curandeiros.
Cozinheiros  e padeiros. 
Caminhantes e votantes. 
.Mas poucos são os valentes.
A demandar por Pátrios dirigentes.
No saco dos votos de indigentes.
O mundo, vai caindo no ruído dos moucos.
Pelo gritar dos roucos.
E porque não nos compreendemos.
Nem todos comemos.
Mas todos tememos.
E quantos, a vida sofremos?
No sangue do ferro de outros temerosos. 
Que só em traição e armados são valorosos. 
 Divinos milagres.
Fé dos alegres.
Há que conquistar  melhores ares.
À humanidade, não pode haver calares!
O planeta é farto em recursos.
E até, há técnicos com universitários verdadeiros cursos.
Mas só nos palácios há banquetes.
De orgias e beberetes.
Cursos de papelão comprado.
Como se compra um arado.
Que a qualquer burro é engatado.
Sem que há terra seja prestado.
Leite de burra... Para banhos.
Das concubinas de quem nos nega os ganhos.
E os universais agasalhos.
Há ministros nas agriculturas.
Mas não se vislumbram sociais culturas.
Há bispos nas dioceses.
Mas não se trabalha a humanas benesses.
Generais formam os exércitos.
Mas não se constróem Pátrios créditos.
E na humanidade dos destituídos.
Cada vez há mais caídos.
Corpos de esfomeados.
Em falsas leis ameaçados.
Com impostos sobrecarregados.
De tudo se vêem  sonegados.
E assim desamparados.
Ao jugo dos actuais tétricos políticos, vegetam acorrentados.
Crianças letárgicos esqueletos.
Agarradas à fé dos seus amuletos. 
Quantos martírios!
Em escusada vida de suplícios.
Senhores! Ministros dos proveitos!
O universo estipula conceitos.
E obriga a humanos respeitos.
Há humanos direitos.
É crime deixar irmãos moribundos.
Neste correr de universais mundos.
Aonde se queimam excedentes planetários.
Para fins monetários.
Esquecendo os princípios humanitários.
Neste igual crescer a defuntos. 
Que mais cedo ou mais tarde, na morte serão juntos.
Depois de um todo, nu de nascimento
Ao mesmo firmamento.

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