domingo, 9 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL


Entre armas e crucifixos.
A diversas confissões.
Continuamos no movimento dos universais eixos.
Em programadas e estabelecidas procissões.
No entanto, entre o fogo e as orações.
Os condenados e os amnistiados.
De tantas revoluções.
Continuamos pelos números sitiados.
A promover heróis, ou a condena-los.
Os números, são as espadas obreiras.
A enforcar criminosos, ou a condecora-los.
Os números, são a causa de todas as humanas canseiras.
A espada, que força o carrossel da humanidade.
A continuar a imperar em desmedida ganância.
São o ferro da bestialidade.
A festiva incongruência.
A este comemorar, mais um ano se aproxima.
Quantos natais?
E quem se lembra de hiroxima?
E de tantos mais elos letais.
A um todo de cerimoniais.
Celebrações e tradições.
Festejadas nas de ainda orgias aniversariais.
De gulas e tentações.
No esvoaçar de penas de perus degolados.
E muitas mais carnificinas.
De corpos esfomeados.
Indefesos às humanas chacinas.
E os mais que abortais.
Como se tudo, somente, fossem materiais mercados.
De corpos mortais.
A viver estipulada marcação.
Para mimos e prendas.
E falseada caritativa encenação.
A quem na rua, ergue as vazias mãos às de Deus oferendas.
Neste todo, de todos, feitos à morte.
Nesta igualdade! Quantas diferenças!
Quantas vidas sem norte.
Deambulam sem tecto e sem esperanças.
Por entre trajos de gala e farrapos.
Tirados do todo! Cada um, com o seu conseguido.
Traja sedas ou rotos trapos.
Assim, sem humano brilho, estagna este mundo perdido.
A encher panças gordas e anafadas.
Que arrastam bons sapatos.
E a dilacerar barrigas esfomeadas.
Que descalças, caminham pelo lixo aos restos.
A este teatral comemorativo.
Continua aberta a humana bilheteira.
E como o dia é festivo!
Abre-se a carteira à humana bebedeira.
E consoante as panças as poltronas.
Pelos números são ocupadas.
Para cativar as matronas.
Que entre os números passeiam engalanadas.
Oiro e diamantes.
Brilham na plateia.
Nas coxias os pedintes.
Sem poltronas nem perus para a ceia.
Entre eles, somente brilham os dentes.
Há luz de ofuscada candeia.
No frio Natalício.
Criança pelas montras vai chorando.
Infantil suplicio.
Enquanto com as lágrimas vai orando.
Sem saber que, como todos, caminha. à .mesma sorte.
Neste mundo de tantas montras.
Em que se tem que ser forte.
Para suportar tantas afrontas.
É esta a humanidade no seu festim dantesco.
Entre palcos rendados a mesas de caviar e perus.
Promessas e hinos que na libação ao grotesco.
Não passam do cativo dos números.
Até a esmola do cinzento sorriso ao desgraçado.
Faz parte da encenação.
Deste festim à humanidade romanceado.
Com desejo de boas festas.
Brilhem as sedas e os entrapados.
Os gananciosos os números e os altruístas.
E todos abram as mãos
Aos mais necessitados.
Pois todos somos irmãos.
Eduardo Dinis Henriques
FELIZ NATAL
Entre armas e crucifixos. 
A diversas confissões. 
Continuamos no movimento dos universais eixos.
Em programadas e estabelecidas procissões. 
No entanto, entre o fogo e as orações.
Os condenados e os amnistiados.
De tantas revoluções. 
Continuamos pelos números sitiados.
A promover heróis, ou a condena-los.  
Os números, são as espadas obreiras. 
A enforcar criminosos, ou a condecora-los.
Os números, são a causa de todas as humanas canseiras.
A espada, que força o carrossel da humanidade.
A continuar a imperar em desmedida ganância.
São o ferro da bestialidade. 
A festiva incongruência. 
A este comemorar, mais um ano se aproxima. 
Quantos natais? 
E quem se lembra de hiroxima? 
E de tantos mais elos letais. 
A um todo de cerimoniais. 
Celebrações e tradições. 
Festejadas nas de ainda orgias aniversariais. 
De gulas e tentações.
No esvoaçar de penas de perus degolados. 
E muitas mais carnificinas.
De corpos esfomeados. 
Indefesos às humanas chacinas. 
E os mais que abortais.
Como se tudo, somente, fossem materiais mercados.
De corpos mortais.
A viver estipulada marcação.
Para mimos e prendas.
E falseada caritativa encenação. 
A quem na rua, ergue as vazias mãos às de Deus oferendas.
Neste todo, de todos, feitos à morte.
Nesta igualdade! Quantas diferenças! 
Quantas vidas sem norte.
Deambulam sem tecto e sem esperanças.
Por entre trajos de gala e farrapos.
Tirados do todo! Cada um, com o seu conseguido.
Traja sedas ou rotos trapos.
Assim, sem humano brilho, estagna este mundo perdido.
A encher panças gordas e anafadas.
Que arrastam bons sapatos.
E a dilacerar barrigas esfomeadas. 
Que descalças, caminham pelo lixo aos restos.
A este teatral comemorativo. 
Continua aberta a humana bilheteira.
E como o dia é festivo!
Abre-se a carteira à humana bebedeira. 
E consoante as panças as poltronas. 
Pelos números são ocupadas.
Para cativar as matronas.
Que entre os números passeiam engalanadas.
Oiro e diamantes.
Brilham na plateia.
Nas coxias os pedintes.
Sem poltronas nem perus para a ceia.
Entre eles, somente brilham os dentes.
Há luz de ofuscada candeia.
No frio Natalício.
Criança pelas montras vai chorando. 
Infantil suplicio. 
Enquanto com as lágrimas vai orando.
Sem saber que, como todos, caminha. à .mesma sorte.
Neste mundo de tantas montras.
Em que se tem que ser forte.
Para suportar tantas afrontas.
É esta a humanidade no seu festim dantesco.
Entre palcos rendados a mesas de caviar e perus. 
Promessas e hinos que na libação ao grotesco.
Não passam do cativo dos números.
Até a esmola do cinzento sorriso ao desgraçado.
Faz parte da encenação. 
Deste festim à humanidade romanceado. 
Com desejo de boas festas.
Brilhem as sedas e os entrapados.
Os gananciosos  os números e os altruístas.
E todos abram as mãos
Aos mais necessitados.
Pois todos somos irmãos.
Eduardo Dinis Henriques

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