sábado, 20 de outubro de 2012

POLÍTICA DOS CANUDOS


Sem nada ter construído.
Mas sim destruído.
À custa de quem trabalhou.
E por Portugal batalhou.
Na minha rua, num palacete, mora um cocho.
E em cima de uma oliveira, pia um mocho.
Próximo, em pobre gruta, chora uma criança.
Sem casa nem esperança.
Porque o cocho... É político!
Encanudadamente semítico
Para mal da humanidade.
As manápulas são rápidas à barbaridade.
Infelizmente não é maneta!
E com a sua avara política caneta.
Em fraudulentas premissas malabaristas.
Á sua classe, escreve leis proteccionistas.
Que a humanidade vão discriminando.
E os valores arruinando.
No desfolhar da perniciosa universitária sebenta.
Que nem o espargir de água benta.
Sobre capas e fitas.
Que vão infligindo as sociais desditas.
Melhoram os canudos.
Desta doutorada de saberes mudos.
Que sem valores à académica missão.
Fazem da política a sua profissão.
Asilando ao todo da nação.
Como se o canudo fosse a coroação.
De dar o direito a roubar da criança.
Que ao todo é divina fiança.
O constitucional sustento.
O humano alimento.
«»
Na realidade a política dos canudos só veio semear em Portugal a perda da soberania, desemprego, prostituição, fome, miséria e assimetrias sociais. Tudo isto, encoberto numa falsa liberdade. E em acinzentado nevoeiro de censura. Que vai cerceando consoante os interesses dos governos. Uma verdadeira liberdade de expressão. Num político mundo de oligarquia e estruturação artilhada à inimputabilidade dos políticos que exercem cargos de chefia. Os senhores políticos, por mais que entre eles se acusem mutuamente. Façam o que fizerem. Nunca são responsáveis por nada.

Eduardo Henriques

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