sábado, 3 de novembro de 2012

MEMÓRIAS


Lembranças... Resquícios de memórias.
Umas, confrangedoras, outras inglórias.
Neste aglomerar de costumes e rituais.
Ao encontro de fluidos espirituais.
Quantas festivas tradições.
E malditas traições.
Desrespeitado passado.
Por tantas línguas bífidas devassado.
Futuro incógnito, ainda encoberto.
Por tanto empírico, ficticiamente descoberto.
Mundo de cemitérios.
Profanados necrotérios.
À descoberta dos universais mistérios.
Curso de tantas sepulturas.
Nesta vida de infindas loucuras.
Que à criança nascente.
Abre o tempo do espaço crescente.
Enquanto brota a inteligência.
Intelecto em convergência.
Á humana universal abrangência.
Enquanto o tempo vai destruindo e construindo.
E o homem chorando e rindo.
Desde menino a velho.
Universal espelho.
A gritar ao saber da global universalidade.
Da necessidade de mais fraternidade.
Que acompanhe o crescer.
A universal nascer.
Ao compreender de amizades que evidenciam-se.
E, com o tempo, apreciam-se.
Ou, depreciam-se.
Porque as portas do crescimento.
Ainda não são de universal sentimento.
Neste viver de afinidades.
E incongruentes futilidades.
Futuro de passada provecta existência.
Em presente de desrespeitosa vivência.
Quanta antecedente convivência.
Me elevaram a este pedestal de moralidade.
Ou me adestrar na memória da delinquente maldade.
Tempo que o corpo à morte glorificas.
No constante viver que edificas.
Memória de lágrimas e alegrias.
Neste viver de alegorias.
Que ao amigo ou inimigo morto, expurga seus pecados.
E o eleva em infindáveis predicados.
Emocional recordação.
De quem olha o passado com o coração.
Sem a maldição do egoísmo.
Nem o ferro do antagonismo.
Memória de seculares revalidades..
Neste sonhar de espiritualidades.
Outorgador da vida ao corpóreo esqueleto.
Ainda animado no supersticioso amuleto.
Em continuado correr à fronteira do desconhecido.
Sem merecimento do tempo vencido.
«»
Quantas honras Portugal já viveu! Quanta glória ao todo do seu crescer o mundo honrou! Nação universal. Foste para lá do tormentoso em tosca caravela. Rudimentar era o instrumento. Mas ao leme! Governava a Alma da Nação Portuguesa! A merecer o tempo. À descoberta do mundo.

Eduardo Henriques

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