quarta-feira, 1 de agosto de 2012

LIBERDADE


Ferro outrora batido.
No tempo… Fundido.
Ferro pensado e trabalhado.
Idealizado tal âncora.
Alguma de madeira seu cepo.
Ajuda na força…
Suaviza seu bruto bater.
No bater da tempestade.
Segura no fundo… Segura a Nau.
Quando forte e sábia é a liberdade
Do seu braço.
E meus ombros de teus braços.
Seguram o mérito das honras.
Que, por ai, tanta gente nega.
Enquanto vai comendo
O que resta do teu braço.
De tanto comerem… Sem nada darem.
Nem valor mostrarem.
Já é curta a amarra
E pequena a minha Nau.
Mas grande a vala comum
De errantes cadáveres nus.
Em meus lábios o ritos da amargura.
Tal cadáver adiado.
No saber quartéis vazios
De fardas desta Nau.
Universidades… Cátedras… Sem lentes.
Licenciaturas de transmutação
A vulgar pedra… Lastro de outras naus.
Doutoramentos… De outras causas.
Em compadrios de ideologias.
Feitos a políticas orgias.
Nesta injuria, não há mais terra com pão.
Os campos outrora férteis.
São hoje áridos nos mercados.
Secaram os rios e as fontes.
Floresce os media.
Em grotescos espectáculos
De marionetas.
Sem razão… No exercício
Da função
À liberdade difundida.
A qual, não é noticia nem informação.
É emprego de quem também come
Ou quartel de mandante.
Não tem isenção.
Não expressa a verdade.
É mercado de ideologia e apatia.
Vive do ferro, da voz e das letras em éter cego.
Esfarrapando a bandeira na tempestade
Dos seus ventos
«»
Lá, ainda a pagar à castelhana bandeira. Fermenta a novo ser a submissa pedra. Que virá e lapidara o Padrão da planetária aproximação. Em sinal inequívoco da chegada de Portugal ao mundo todo.
Castelo de vivas e alargadas seteiras. Na graça Divina. Teu corpo de Fé em humano vigor. Exaltará à luz da liberdade. Nascerá em ti Portugal. Nação universal, a rasgar horizontes. Em Bandeira do tamanho do mundo. Erguida com sangue, suor, lágrimas, alegrias e amor. Bandeira de costa atlântica, manto do Ibérico rectângulo. Berço criativo deste todo, que com todos, ao todo, foi aclamada.
Mar de branca espuma. Em ti, alvas velas, ostentando a Cruz de Cristo navegaram. E do mundo, ao mundo todo chegaram. E no todo do mundo, para sempre ficaram. Nesta língua que feitos e versos celebrizaram. No épico canto de Camões
E assim, mais longe, por desconhecidos e temidos mares, a rocha disforme e tormentosa foi conhecida e logo vencida. Nesta apoteose, em vibrante e eloquente aclamação. A bandeira das cinco quinas, foi recebida e seguida.
Ao criar da efervescente comunhão. Ajoelham mais crentes na língua de Camões, a orar ao Deus, que Portugal, no longínquo evangelizou.
Na praia, corpos desnudos e corpos trajados. Olham-se mutuamente. Admirados das diferenças existentes no planeta terra. Diferenças vividas no mesmo espaço do tempo.
Ao largo, as caravelas, festivamente embandeiradas, carregam e descarregam. Em movimentado frenesim de escaleres.
No promontório mais altaneiro, como sinal aos vindouros navegantes. É erguido o Luso Padrão. Pedra, chão de Portugal ao mundo.
E antes da muralha defensiva. Que orgulhosamente, ostentará a Lusa bandeira. Já se constrói o altar ao Divino. E seguindo os raios de Luz da Santíssima custódia é erguido aos Céus o Santo Cibório. Em agradecimento ao conseguido.
Nesta transposição harmoniosa, mas ainda sem a percepção do ritmo e cadência regular do mundo. Vamos vivendo na ignorância das fímbrias da memória. Longe de compreendermos a existência do crescimento. às portas de um mundo sempre mais vasto.
Correndo no espaço, nem sempre acompanhamos o tempo. Muitas vezes estagnamos no limiar do caminho. Enquanto o universo continua na sua trajectória de crescimento. Arrastando consigo a terra pelo espaço. Na união das mesmas universais forças. Mas, em relação há idade e trajectória universal, atrasada no tempo segue o planeta terra. Por má postura humana.
Assim, entre recuos e avanços. Enquanto se reza, discursa, luta ou se ama. Se promove a paz. Num fazer de santos. Ou a guerra, a um todo de diabólicas posturas. Lá se vão mandando os profissionais da guerra. A abrir os mercados da mortandade.
A estes mercados, armam-se crianças. Fardam-se grupos separatistas. Que vão assassinando milhares de inocentes. E alargando o corpo da luta. Até que, os mercados favoreçam os senhores das armas. A tanto, legaliza-se o envio de mais profissionais da guerra. Mas agora, com a missão de fazerem terrenos santos a internacionais of shores.
Portugal tanto tu cresceste.
Para te deixares arruinar com artilhadas utopias e promessas.
E passares agora a ser escravo de quem te empurrou para esta desgraça. Para esta política de of shores. Que te vai sugando o suor e o sangue. Para a mão dos agiotas. Que, por cumplicidade política, passam a senhores e detentores do teu sacrifício e produção. Num conluiado criminoso de corrupção e especulação política. Transformando-te numa marioneta a baloiçar ao jugo da especulação dos mercados. Sem políticos que te honrem e te sirvam.

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