terça-feira, 3 de julho de 2012

CRISE


Em demanda de luz Há vida ou Há candeia
Quanta humana canseira.
Céu, vida, homem, mar, terra e atmosfera.
Entre a criação quanta nascida fera.
A um correr e querer de políticas ideologias.
Paga o Zé pagante infindas políticas orgias.
Opíparas refeições.
De onde, ao estalido das rolhas e a gritos de libações.
Ou a esperadas benesses, fazem-se interesseiras aclamações.
Agitam-se bandeiras.
Ao serviço de ordens estrangeiras.
E o pagode pagante, embutido nestas borracheiras.
Logo atira ao ar o aclamado beneficiado.
O qual, sobe ao cadeirão, repleto de nomes à usura municiado.
Mas como não há rei nem roque, o mando é limitado.
O tacho, logo é por outro artista contestado.
De eleição em eleição, sobe à cena, este espectáculo grotesco.
Pelas ruas oferecem-se flores.
De todas as cores e odores.
Os artistas alvoraçados.
E pelas benesses do palco interessados.
Distribuem abraços e beijos.
Na ânsia de administrativos desejos.
Mas ao cair do pano surge o dantesco.
Do ensino a vestir a negra capa do obscurantismo.
Enquanto o pagante de impostos se afunda em abissal abismo.
O eleitorado, marionete pagante, em desfile carnavalesco.
Na apoteose do político abrilesco.
Abre os portões a novos políticos assalariados.
Que no cair das rolhas das libações foram contratados.
Ideologicamente aclamados.
Ao tacho dos públicos milionários ordenados.
O carnaval político no seu melhor, a delapidar o outrora construído.
O que a Portugalidade no passado deu por erguido.
A este vergonhoso delapidar.
Instituiu a revolução que gritou liberdade e justiça este lidar.
E agora, portugueses da plebe plateia.
Envoltos nesta partidária política teia.
Arruinados deambulam aos pés dos eleitos.
Dos actuais políticos desastrosos feitos.
A terra, só fecunda espigas doiradas.
Quando a enxada as dá tratadas.
E promessas, nem sempre são nozes.
Quantas vezes não são traiçoeiras vozes.
A chuva, nem sempre cai à sementeira.
A dar animo à ceifeira.
Perscrutai .o passado, avaliai o futuro no viver do presente.
Olhai o mundo como ser livre e independente.
E sem quererem defender interesses ou ferir susceptibilidades.
Olhai para as de outros políticas realidades.
Se formos honestos, temos que admitir. Há Pátria, fomos corpo ausente.
Entregamos Portugal a uma política indigente.
Sem benfazeja nacional intenção.
Nascida de um grito sem nacional intervenção.
Hoje, sem trabalho nem nacional soberania.
Na fome de partidária tirania.
Recordai os políticos discursos e prometimentos.
Olhai para os de hoje políticos vencimentos e mais emolumentos.
Contai os vossos vencimentos. .
Fazei as contas aos impostos e mais instituídos pagamentos.
A conclusão é desconsertante.
É aviltante.
A revolução só veio fomentar mais abandonados.
Mais revoltados.
Desacreditar as instituições.
Num abrir de portas às políticas corrupções.
Nesta revolução de cravos, capitães e traições.
Os políticos, e seus correligionários, foram os únicos beneficiados.
Os quais, em proveito próprio, logo instituíram instrumentos.
A seus avaros sustentos.
E em ardilosas políticas malícias.
Reformas rápidas e vitalícias.
O todo à instituída política quadrilha.
O povo, envolto no espectáculo da política armadilha.
Grita pelo perdido.
Manifesta-se pelo prometido.
Infelizmente, todos fomos actores deste político descalabro.
Deste instituir macabro
Todos fomos figurantes das actuais desgraças.
Destes políticos que, como avaras traças.
Por ai andam.
Tudo cobiçam, e em tudo mandam.
E como nada de útil sabem fazer.
Para asilarem e viverem no político lazer.
As custas dos que trabalham.
Logo as contas baralham.
Uns gritam seis, logo outros, clamam seiscentos.
E outros seiscentos e seis mil centos.
Até parece o número da besta.
Infernal testa
Às contas ao que ainda resta.
De um Portugal que outrora foi fraterno.
Neste actual político inferno.
Por todo o lado há buracos orçamentais
As fitas são monumentais.
Os economistas gritam e bracejam as numerações.
Por todo o lado há reclamações.
Que vão cair no bolso do trabalhador.
Do único forçado pagador.
Mas como de vidro são os telhados.
As pedras não se atiram aos culpados.
Tudo se esconde em sujas politiquices.
Em conluiadas políticas vigarices.
E na cata de mais cobres.
Logo surripiam dos pobres.
Como se fossem eles os causadores.
Dos económicos ou corruptos dissabores.
Que as políticas autorizam.
Nas leis que mundialmente institucionalizam
Para facilitarem as económicas complicações.
E bolsistas especulações.
Que sem nacional fronteira.
Instituíram a mundial crise financeira.
Uma coisa é certa! Não há vontade em investigar.
Em castigar.
O causador da crise politicamente instituída.
Nesta corrupção, a mesma, é sempre ao petróleo atribuída.
Mas hoje, por mais farsas que as políticas institucionalizem
Por mais paraísos fiscais legalizem.
Em alvarás de políticos interesses imundos.
Já não há faraós a levarem consigo os tesouros para outros mundos.
Portanto, o dinheiro, ainda não saiu deste mundo.
Nem o mundo, para o esconder, tem um buraco assim tão profundo.
Se aparece-se por ai, um Guarda Fiscal honesto e activo.
Pela certa, que muito novo rico veria o dinheiro cativo.
E muita fraude seria desinstitucionalizada.
Muita lei ridicularizada.
E nas prisões, entrariam os verdadeiros ladrões.
As redes fechar-se-iam aos corruptos e aos tubarões
Que as políticas e suas leis, têm transformado em administradores.
Em públicos oficiais gastadores.
Do suor e sangue de quem sempre honrou a Portugalidade.
E de Guimarães ao encontro da planetária verdade.
Faz-se ao mundo.
A navegar sem medo do mar profundo.
Eduardo Dinis Henriques


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