sábado, 7 de julho de 2012

Eduardo Henriques


Por mais que indague não consigo compreender como é que o povo português, consiga calado, viver este caos. Esta vergonha. E permitir o mesmo. Com os políticos da desgraça a financiarem-se em altos salários, rápidas e vitalícias reformas. Conseguidas com a aprovação de leis. Elaboradas com o único propósito de beneficiar uma classe. Esta leis, em meu parecer, configuram um quadro ilícito na forma de proteccionismo de uns poucos. Que em exercício político, abusam do lugar para que foram eleitos.
Aprovando leis para se auto se financiarem vitaliciamente.


Do topo do meu nada conseguido.
Olho o todo do Céu nascido.
A romper no horizonte o Sol erguido.
Depois de a noite ter vencido.
Na luz crescente.
Atiro o olhar pelo vivido.
E num repente.
Comovido!
Olho o dia envolto no nada do meu atingido.
Por todo o lado, cruzes e cemitérios.
Horrendo êxodos de povo afligido.
Chacinas de políticos critérios.
Nagasáquis e hiroximas.
Quantos insondáveis mistérios.
Universais lágrimas.
Rolam pela face de um sem fim de inocentes.
Que sobre a terrena chaga, caminham de pele desnudos.
Vergados ao jugo do comando de humanos dissidentes.
Que em ascensão ao seu nada, à carnificina ficam mudos.
Enquanto estendem as garras a gatilhos de humanos nevoeiros.
Por entre os quais, vão armando crianças.
Em exércitos mortais de inocentes pistoleiros.
Carregados de mortais instrumentos.
A cercear crescimentos de onde se possam vislumbrar esperanças.
Morte a marchar no seu, e aos de mais sofrimentos.
Fardas de escarlates véus.
Trajadas na cor dos dissidentes, feitos à política barbaridade.
Aos políticos interesses, sem olhares à humanidade, nem aos Céus.
Político sangue a fardar a humanidade.
Ao toque das suas chacinas.
As quais, os vão levando ao topo do abissal fosso.
E os mantém bem lá no fundo. No sangue das suas carnificinas.
A ripar a carne do osso.
Das vitimas de tão grotescas políticas condenações.
Que caladas, se vão deixando exterminar.
Por quem vai atingindo o topo do fosso das humanas crucificações.
Em criminoso político e militar dominar.
Deste pequeno monte do meu suor e cilicio.
Tento o passado indagar.
Quanto vivido sacrifício.
Até este nada chegar.
E assim, do topo do meu nada, que fui alcançando.
Olho o mundo apavorado.
E a Deus vou orando.
Por um mundo mais moderado.
E de joelhos, na pedra ainda intacta.
Ouço os gritos e estampidos.
Que a vão tornando putrefacta.
Nesta danosa planetária politicagem.
O mundo não pode ter crescimento.
Caminha a largos passos para a mortal viagem.
Sem deixar pegada de humano merecimento.
Cadáveres artilhados com cintos armadilhados.
Fazem-se explodir, a matar corpos desgraçados.
Que em má hora, cruzam pelos corpóreos arsenais dos revoltados.
Matadores de iguais esforçados.
Gritos, corpos, sangue, polícias e ladrões.
Políticos discursos e pedidos de punições.
Televisões, jornais, rádios e mais Aldrabões.
E a pedra, a sofrer tantas humanas deflagrações.
Virgens e prostitutas.
Canhões e crucifixos.
Espadas e batutas.
Altos e baixos.
Tolos e astutos.
Benfazejos e malfazejos.
Néscios e argutos.
Negações e desejos.
A serem enterrados neste mundo de complicados prolixos.
Neste inferno, a pedra vai arrefecendo.
Por todo o lado, tresandam e acumulam-se os políticos lixos.
Enquanto nauseantes políticos vapores a vão escurecendo.
Facilitando a vigaristas o exercício da pulhice.
Alargando as portas à corrupção e ao ilícito.
Política a criar e permitir um mundo de vigarice.
Porque o seu exercício, com o crime é Implícito.
Neste caos, o actual político, o topo do fosso vai vencendo.
E lá, do fundo, espezinhando quem o elege ao político lodaçal.
Em leis que, a si, vai ardilosamente engendrando.
No estender do seu criminoso braçal.
Ao suor do desgraçado que pela vida batalha.
Mas nesta política usura de abissal assimetria social, nada amealha.
Eduardo dinis Henriques


Nenhum comentário:

Postar um comentário