domingo, 8 de julho de 2012

Barry Lyndon


Barry Lyndon é um filme britânico e estadunidense de 1975, dirigido por Stanley Kubrick, com roteiro baseado em romance de William Makepeace Thackeray.
Foi o primeiro filme de Kubrick após o lançamento do controverso Laranja Mecânica, e apesar de algumas nomeações a prêmios importantes, jamais gozou do mesmo êxito que obtiveram os demais filmes do diretor. A iluminação deste filme foi inteiramente feita sob luz de velas e natural. Kubrick teve que usar uma lente adaptada da NASA para conseguir o efeito desejado.
Aparentemente, era a intenção do diretor filmar uma outra obra de Thackeray, aquela que se considera sua obra-prima, Vanity Fair. No entanto, Kubrick julgou ser incapaz de transpor todo o conteúdo do livro à tela, preferindo adaptar a trama sobre Barry Lyndon.
O filme é basicamente um conto sobre a ascensão e o declínio social do personagem-título, dividido claramente em duas partes. Na primeira, conhecemos o protagonista, Redmond Barry (Ryan O'Neal), um pedante jovem irlandês que se apaixona por sua prima, que no entanto já está comprometida. Irritado, ele desafia o noivo para um duelo, e o fere mortalmente. No entanto, tratava-se de um senhor bem relacionado, o que pode por em perigo a vida de Barry, que decide então abandonar a família e ir refugiar-se em Dublim. No caminho, é vítima de um assalto que o deixa sem qualquer quantia para sua subsistência.
Tentando sobreviver, Barry ingressa no Exército Britânico, e depois de participar de algumas batalhas, deserta, mas acaba capturado e recrutado pelo Exército da Prússia. Lá, ele se torna um espião a serviço do Capitão Potzdorf, relacionado para investigar as atividades de um certo Chevalier de Balibari. No entanto, Barry - que a esse ponto já havia assumido diversas outras identidades - descobre que o Chevalier também é um exilado, e ao invés de espioná-lo, decide auxiliá-lo em suas atividades com a elite européia.
Conhecendo agora os meios da aristocracia, Redmond Barry passa a ser o amante da adorável Senhora Lyndon, que está prestes a se tornar viúva. Quando isso acontece, eles se casam e Barry toma para si o sobrenome Lyndon. Aqui, o filme faz uma brusca pausa antes de seguir para a segunda metade, que mostra o declínio social do irlandês.
Já estabelecido na aristocracia, Barry Lyndon tem problemas com seu enteado, ao mesmo tempo em que tem seu próprio filho e cria dívidas insuportáveis. Ele traz sua mãe para gerir as contas da família, ao mesmo tempo em que trai a esposa constantemente e eleva o ódio do enteado, ao ponto que eles decidem travar um duelo. Barry Lyndon é ferido no duelo e passa a ser rejeitado por todos seus antigos amigos e, fadado ao oblívio, retira-se da elite.


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